terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gilliard Martins .' [ LUUTO ]



Apenas quem já perdeu um filho pode avaliar a dor que se sente neste momento tão doloroso. É como se o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas vêm à tona: Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Por que eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.

A família tem que estar muito unida em um momento como esse. A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos atualmente.

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: “Por que a vida freqüentemente é interrompida na infância”? A resposta dos espíritos é a seguinte: “A duração da vida de uma criança pode ser, para o espírito que está nela encarnado, o complemento de uma existência interrompida antes de seu termo marcado e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais”.

Mauro Operti, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu: “Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos”.

A lembrança do seu filho jamais sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa sentir todo o amor que você emana.

Carta de consolo : autor desconhecido .

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